06/07/2023
Governo de Minas: aos ricos, tudo; aos pequenos e sem recursos, que se virem!
A Receita Federal do Brasil - RFB resolveu centralizar os serviços de desembaraço aduaneiro de Minas Gerais em Brasília (veja aqui).
Assim, o governador – e seu Secretário da Casa Civil, Marcelo Aro, - foi pessoalmente a Brasília fazer lobby na tentativa de impedir o fechamento das Agências da RFB em Minas e a consequente transferência das atividades e análises processuais aduaneiros para Brasília, sob a retórica de que traria sérios prejuízos ao estado e aos empresários mineiros.
Por outro lado, o Sinfazfisco-MG lutou incansavelmente contra a determinação do governador em “fechar quase 100 Agências Fazendárias” em Minas Gerais, sem ouvir os apelos de prefeitos, advogados, contadores, pequenos usuários e etc., os quais ponderaram que os pequenos contribuintes do interior de Minas (pessoas com deficiência, pessoas com doenças graves, taxistas, comerciantes, produtores rurais, pequenos produtores e agricultores familiar), muitos dos quais sem serviços de internet, seriam duramente penalizados.
Agora, contraditoriamente, o governador alega que os empresários abastados, que praticam operações de comércio exterior, sofreriam prejuízos “incalculáveis” com a medida adotada pelo governo federal. Mas quando eram os mais necessitados prejudicados o governador não vacilou em fechar quase 100 Administrações Fazendárias no Estado, sem qualquer debate, usando o frágil argumento de que seria um remédio mais que necessário na era virtual.
Reveja aqui algumas publicações sobre o tema:
Sinfazfisco-MG atua na ALMG para impedir o fechamento das AFs
O governo Zema e sua opção preferencial pelos ricos
Sinfazfisco-MG intensifica campanha contra o fechamento das AFs
Como o Sinfazfisco-MG alertou, Unidades Fazendárias já estão sendo fechadas
Cúpula da SEF quer fechar as Administrações Fazendárias
Ao fim e ao cabo: o governo de Minas usa argumentos antagônicos para tentar convencer o Governo Federal a não fechar as Agências da RFB, "sob pena de prejudicar empresários milionários”; mas virou as costas para os pequenos usuários mineiros, que agora se deslocam para cidades distantes, que chegam até a 300km, para fazer uso dos serviços públicos das “Agências Fazendárias do Estado”.
Quanta falta de coerência, de sensibilidade e desprezo ao povo e à coisa pública! Mais uma vez, o governo de Minas mostra sua opção pelos ricos
A DIRETORIA