Na data de ontem (20/12/22), o Papa recebeu em audiência no Vaticano cerca de seis mil trabalhadores da Confederação Geral Italiana do Trabalho (veja aqui). Na oportunidade o Papa Francisco enfatizou a importância dos sindicatos na defesa dos direitos dos que não tem voz. “Não há sindicato sem trabalhadores e não há trabalhadores livres sem sindicato”, defendeu Francisco.

O Sindicato – disse o Papa – é chamado a ser a voz dos sem-voz, mostrando uma grande preocupação com os jovens, que a cada dia vem sendo mais submetidos a regimes de trabalho diferenciados, trabalhando em contratos precários e com pouquíssimos direitos. No Brasil, há pouco vimos uma tentativa assim, quando se queria criar uma carteira verde e amarela, para empregar jovens sem os direitos normais de um trabalhador.

A fala de Francisco na atual conjuntura é muito importante, porque chama a atenção dos trabalhadores para a importância de se manterem unidos em torno de seu Sindicato, já que sem ele, a voz isolada do trabalhador jamais será ouvida. Ou melhor, o trabalhador não poderá nem mesmo falar ou reivindicar, já que se o fizer, o empregador (público ou privado), irá se livrar dele na primeira oportunidade.

No serviço público não faltam situações em que o trabalhador é assediado e colocado em situação de fragilidade perante à Administração. Somente o Sindicato tem condição de falar e ser ouvido sem sofrer retaliação. Por isso a manutenção de sindicatos fortes e robustos é a única forma de fazer a voz do trabalhador ser ouvida, os direitos serem mantidos, preservados e ampliados.

O Sinfazfisco-MG, com seus 33 anos de existência, recebe com muita satisfação a reflexão do Papa Francisco, e compartilha com ele suas preocupações e angústias em relação ao atual mundo do trabalho.

Veja abaixo o vídeo com as falas do Papa Francisco:

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