90 segundos! Este foi o tempo que Rebeca Andrade precisou para cravar o ouro olímpico no solo nas olimpíadas de Paris. 

48 horas! Este foi o tempo em que 425 vagas da ginástica artística foram preenchidas na escola onde ela começou, em Guarulhos.

Representatividade! É o que a conquista de Rebeca significa para milhares de jovens negras no Brasil. 

Rebeca Andrade, nascida em Guarulhos, São Paulo, vem de uma família humilde e enfrentou grandes desafios para chegar ao topo do esporte mundial. Sua trajetória é um exemplo de perseverança, trabalho duro e o poder transformador do esporte.

O Dia da Consciência Negra, é um momento oportuno para refletirmos sobre as barreiras que Rebeca precisou quebrar para chegar onde está. Em um país onde o racismo estrutural ainda afeta profundamente as oportunidades e a valorização dos negros, o sucesso de Rebeca na ginástica artística — um esporte predominantemente branco e elitizado — carrega um simbolismo profundo. 

Sua história é um lembrete de que a visibilidade e a valorização da cultura negra são essenciais para o fortalecimento da identidade e da autoestima da população negra no Brasil. 

Rebeca não é apenas uma campeã olímpica. Seu sucesso nos inspira a não apenas olhar para o passado e reconhecer os erros e injustiças, mas também a construir um futuro mais justo e inclusivo. Sua história abre caminho para futuras gerações e nos lembra que a luta por igualdade é contínua e que é preciso trabalhar para que mais jovens negras e negros possam sonhar, se desenvolver e conquistar seus espaços, não só no esporte, mas em todas as esferas da sociedade e que o lugar do negro também é no pódio, na história e no reconhecimento.

#DiaDaConsciênciaNegra #20deNovembro