19/12/2025
A SEF mais atabalhoada de todos os tempos
A alta cúpula da Secretaria de Estado da Fazenda de Minas parece ter alcançado um feito histórico — embora não exatamente digno de aplausos. Em sua obsessão por prejudicar os gestores, embalada por uma associação senil e por um sindicato que virou uma caricatura de si mesmo, acabou atuando diretamente para impedir a votação de um dos projetos de lei exigidos pelo Propag na Assembleia Legislativa.
Durante a tramitação do PL 742/2019, um texto enxuto, quase didático, que tratava apenas de uma adaptação técnica, a cúpula entrou em campo com gosto: articulações de bastidores, telefonemas a parlamentares e aquela velha convicção de que tudo se resolve na base da pressão. O resultado? Uma emenda supressiva completamente fora do que havia sido acordado.
Essa jogada atabalhoada teve efeito imediato: serviu de estopim para que o bloco de oposição decidisse obstruir justamente o principal projeto da pauta: o PL que autorizaria a entrega de imóveis do Estado à União, no âmbito do Propag. Um verdadeiro golaço… contra o próprio time.
É de se imaginar o orgulho do governo estadual ao ver quem escolheu para comandar a Secretaria da Fazenda. Estratégia refinada, cálculo preciso, resultado previsível — só que ao contrário.
E como se não bastasse, houve ainda um efeito colateral nada desprezível: o texto que beneficiava os gestores acabou sendo justamente o fator que impediu a entrega dos imóveis da própria SEF à União e, de quebra, afastou o risco de privatização desses bens.
No fim das contas, mineiros e mineiras podem até discordar de muita coisa, mas uma gratidão é inevitável: obrigado aos trapalhões. Sem querer, fizeram o que ninguém mais conseguiu.
A DIRETORIA