16/09/2023
Recomposição Salarial | Sinfazfisco-MG participa de Reunião com o Governo
Nesta sexta-feira (15), depois de insistente cobrança do Sinfazfisco-MG e dos demais sindicatos, a SEPLAG recebeu o Sinfazfisco-MG e outras entidades sindicais para tratar da pauta: recomposição inflacionária das perdas salariais dos servidores públicos estaduais.
O Governo foi representado pela Secretária de Planejamento e Gestão, Dra. Luisa Barreto, e a Assessora de Relações Sindicais, Helga Beatriz.
Os sindicalistas abriram a reunião cobrando da Secretária a promessa eleitoral do Governador Zema de conceder a recomposição inflacionária dos proventos dos servidores a cada ano. No entanto, o ano está quase terminando e o Governo ainda não tomou medidas nesse sentido, sendo que as perdas dos servidores entre 2013 e 2023 totalizarem cerca de 40%.
O Sinfazfisco-MG foi representado na reunião pelo seu Diretor Marcelo Delão da Silva, que questionou as más escolhas do Governo, que concede bilhões de incentivos às locadoras, liberando-as do pagamento de IPVA e ICMS, para depois dizer aos sindicatos que não tem “espaço fiscal” para recompor nem mesmo a inflação que corrói o salário dos servidores.
Diversos sindicalistas reforçaram a fala, criticaram as péssimas decisões do governo na área administrativa, e que não reserva recursos orçamentários para recompor os salários dos servidores públicos.
Contudo, a Secretária Luisa Barreto limitou-se a afirmar que o Estado não possui o 'fluxo de caixa' necessário para conceder a recomposição salarial dos servidores do Estado. Ela declarou que a falta de uma proposta de reajuste não se deve a questões legais, mas sim à falta de recursos. Recursos que, no entanto, não faltaram para a concessão de bilhões de incentivos fiscais às locadoras. Todavia, a Secretária se comprometeu a continuar a discussão com os sindicatos, visando tentar abrir espaço para atendimento de suas reivindicações.
As lideranças sindicais saíram da reunião com a sensação de que é necessário adotar uma postura mais firme em relação ao governo. Elas perceberam que apenas o diálogo e argumentos não são suficientes para sensibilizar os dirigentes do governo quanto à necessidade de cumprir o que a Constituição estabelece. Governo é igual a feijão, só amolece na “pressão”, e assim os dirigentes sindicais irão se reunir novamente para ver as medidas a serem adotadas de agora em diante.
A DIRETORIA