14/04/2016
Procura-se alguém que não se venda por um vintém! Será que entre os comissionados ou os fura-teto na SEF_MG têm?
Amigos do Fisco Mineiro, irmãos siameses Gestores e Auditores, paridos no estábulo¹ da “Fazenda da Casa Grande das Alterosas”, hoje resolvi sair da seara da SEF_MG² e esquecer um pouco os parasitas que há mais de década estão incrustados no poder, sempre prontos a aniquilar, cruelmente, qualquer ameaça ao seu status quo: o stablishment não pode sofrer abalos; afinal, em reino de barnabés, quem não tem padrinho são plebes ou ralés!
Estou aqui para expressar meus desejos do inconsciente mais recônditos, em busca do tipo e perfil da pessoa ou sociedade que procuro, independente do credo, religião.... e da opção sexual de cada qual.
Sempre meditei muito a respeito do ser humano ideal e que se encontra também perfeitamente subsumido ao ambiente familiar e profissional sadios. É lógico que dependendo do ângulo ou do grau de ceticismo tudo não passa de meros devaneios ou delírios, mas afinal é postulado que a vida é impossível se perdemos a capacidade de sonhar, ainda que lúdica e utopicamente!
Quero tanto quanto qualquer pessoa encontrar alguém com quem possa conviver bem e que deixam marcas indeléveis para posteridade. Alguém que amasse e fosse correspondido. Alguém que dormisse e acordasse comigo. Alguém que entendesse minhas fraquezas e minhas virtudes. Alguém que me desse prazer não só na cama, mas também pelo simples fato de saber que vivemos um para o outro. Alguém com quem pudesse sentar-se à mesa e sem que dissesse uma palavra um para o outro tenha a impressão de que foi o melhor diálogo que já se teve em toda a sua vida. Alguém que respeitasse um ao outro. Alguém que reconhecesse que embora se complementem e se amem, soubesse distinguir e aceitar que ninguém é propriedade um do outro. Alguém que amasse sem exigir nada em troca. Alguém que nunca deixasse o romantismo de lado e que jamais olvidasse a capacidade de surpreender um ao outro. Alguém que estivesse para o que der e vier e acreditasse que tudo vale a pena quando está ao lado da pessoa que ama. Alguém que saiba respeitar as diferenças. Alguém que tenha visão social aguçada, além de incansável lutador na construção de um mundo dignificante para todos. Alguém que apoie um ao outro mesmo nos momentos mais difíceis. Alguém que saiba discordar e resolver as divergências com doçura e sabedoria. Alguém que jamais permitisse que um ou outro se acomodasse. Alguém que sempre esteja vibrante com o sucesso e descontente com o fracasso de um ou de outro. Alguém que detivesse a sensibilidade e a inteligência de que certas derrotas valem muito mais do que muitas vitórias. Alguém que nunca perdesse a capacidade de indignação. Alguém que jamais seja desonesto um com o outro. Alguém que zele pela transparência e sinceridade, mesmo sabendo que pode magoar um ao outro. Enfim, alguém que esteja simplesmente querendo viver e ser feliz e constituir uma família ao lado da pessoa amada, sem jamais sufocá-la, apreendê-la ou privá-la do bem mais precioso que qualquer ser humano deve ter: a liberdade plena ou o direito de preservar sua individualidade, ainda que esteja vivendo simbioticamente com a sociedade e com a pessoa amada.
Colegas do Fisco, elaborei este texto com o intuito de expressar que persigo, tal qual qualquer ser humano, a felicidade, desejando e buscando ardorosamente que esse alguém ou sociedade que procuro exista, ainda que somente em minha imaginação. Pugno para que jamais cesse essa busca alucinante, quase sempre infrutífera. Sei que maturidade nos enche de niilismo, mas a chama precisa manter acesa. A concretização dos objetivos será sempre a nossa meta e a esperança. Acreditar que os sonhos, cedo ou tarde, realizar-se-ão é o que realmente dá sentido ou razão à vida. É o desfecho que todos almejamos, mesmo sabendo que a natureza humana é perversa e, por isso, de longe, a pior espécie animal de nosso ecossistema.
João Batista Soares
Diretor de Imprensa de Divulgação do SINFFAZFISCO
[1] Em 2005 fundiu-se o Fiscal e Agente Fiscal de trânsito, criando: o AUDITOR, com atribuição de fiscalização; GESTOR FAZENDÁRIO, com atribuição de tributação, arrecadação, tratamento de dados, dentre outras. Ou seja, as atribuições que eram do Fiscal foram distribuídas entre o Auditor e o Gestor. Entre essas duas classes do Fisco Mineiro há um terreno minado e muito bombardeio entre os dois lados.
[2] Há na Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais – SEF_MG mais de 300 auditores fiscais percebendo salários acima do teto constitucional. A partir de dez/15 o governo mandou aplicar o abate-teto. Mas toda essa turma, que há mais de 13 anos comanda a SEF-MG tem garantido os reajustes anuais concedidos ao STF.