19/02/2016
Os 300, boas notícias e Alice
“Todos os homens nascem iguais, mas essa é a última vez que o são”.
Abraham Lincoln
Durante a batalha das Termópilas em setembro de 480 A.C, o Rei Leônidas de Esparta e 300 de seus guerreiros impediram por sete dias o avanço das tropas de Xerxes I da Pérsia sobre a Grécia. Mas, sabemos o resultado final que foi a conquista de Atenas pelos Persas.
Se trouxermos a história para a realidade da SEF veremos que existem 300 que teimam em impedir o progresso de nossa categoria, da SEF e, consequentemente, do Estado. Mas, diferentemente dos 300 espartanos que lutavam pelo bem comum os nossos 300 pensam somente em seu umbigo e em suas realizações pessoais. Contudo, o exército formado pelos trabalhadores com interesse maior do que a mesquinharia e o corporativismo irá triunfar, mesmo com um Leônidas do outro lado.
Na segunda-feira tivemos boas notícias com relação à arrecadação de ICMS no mês de janeiro de 2016: houve um crescimento NOMINAL de 4% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, passando de 3,223 bilhões para 3,346 bilhões recolhidos aos cofres públicos. Então podemos comemorar o resultado do trabalho com impacto positivo na receita? Não é bem assim, infelizmente.
Houve uma pequena melhora na economia que refletiu no imposto recolhido, tanto é verdade que durante o mês de Janeiro de 2016 dois terços dos AFREs encontravam-se em gozo de férias e do restante, 30% estavam em cargos comissionados. Ou seja, restaram por volta de 250 Auditores trabalhando no primeiro mês do ano, teoricamente, pois boa parte deles cumpriu a orientação de outro sindicato de protestarem.
Ou temos por volta de 100 super AFREs que sozinhos conseguiram alavancar nominalmente a receita ou o crescimento foi mesmo vegetativo.
Na verdade, estamos voltando décadas no tempo (provando a teoria da relatividade de Einstein) com Gerentes distribuindo metas financeiras de arrecadação por Auditor sem levar em conta absolutamente nada. Só falta agora darem a participação nas autuações para coroar a imbecilidade e a incompetência.
Algumas dúvidas pairam no ar, por exemplo, qual o motivo do pavor de alguém estranho à SEF assumir o cargo de Sub Secretário da Receita? O que há a esconder além do corporativismo?
No país de Alice, idealizado e propagado pela Administração, tudo está um mar de rosas e tentarão a todo custo capitalizar junto ao governo os méritos impostos pela própria economia, o aumento na arrecadação, o que tudo indica continuará em fevereiro.
A lógica do absurdo de Alice não tem espaço na nossa vida real e, muito menos quando o assunto é arrecadação de tributos.
A DIRETORIA