03/07/2013
VIRUS MALIGNUS ataca a SEF
I
Oi! Muito prazer! Eu sou o GESTOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL (GEFRE) e trabalho na SEF/MG. O meu nome de batismo é outro - Gestor Fazendário - nome que discordo, pois me deram esse nome justamente para que me distanciasse do meu irmão AFRE (Auditor Fiscal da Receita Estadual).
II
Nós, os GEFRE e AFRE nascemos juntos pelas mãos da LEI 15464/05, e temos a mesma atividade de natureza fiscal, sendo ambos responsáveis pela Tributação, Arrecadação e Fiscalização do Estado. Pela nossa Lei de criação, somos ambos carreiras típicas de Estado, de dedicação exclusiva e de nível superior de escolaridade. A todos nós caberia exercer atividades típicas de Estado visando obter a otimização da receita. Contudo, na prática, isso não vem ocorrendo, sendo que o AFRE está dissociado da auditoria e GEFRE da fiscalização.
III
Sou idealista e gosto muito do que faço! No entanto, eu, o GEFRE, venho sofrendo todos os tipos obstáculos e assédio onde trabalho; sou perseguido e não querem que meu nome e o meu trabalho apareçam e sejam divulgados; nem mesmo querem que eu contribua (mais) para a arrecadação do Estado, e exerça as minhas atribuições particulares na área fiscal que a lei me atribuiu. Tem gente que até mesmo pensa em me exterminar de vez.
IV
A raiz de todos os males que assolam a SEF/MG é uma doença que está atacando grande parte da Administração Pública no Brasil, causada por um vírus muito traiçoeiro, chamado de CORPORATIVISMUS MALIGNUS. Esse vírus tornou-se um câncer no serviço público, espalhando-se silenciosamente e tirando o seu sustento da própria sociedade. Quando descoberto ou ameaçado, o Corporativismus Malignus mostra seus dentes e sua face mais cruel, criando mentiras e factóides com muita astúcia. Os malefícios, infelizmente, produzem um resultado muito danoso à sociedade, chegando ao ponto dessa praga atacar livremente quem estiver em seu caminho ou discordar dos seus argumentos mais monstruosos e obtusos. Altamente blindado, o vírus do corporativismo tem várias artimanhas para se impor:desde o indecoroso controle de órgãos e entidades, da propaganda enganosa e paga, até a edição de compêndios cheios de mentiras na defesa dos seus interesses.
V
Na SEF, o Corporativismus Malignus sofreu uma mutação mais perigosa, chamada pelos estudiosos de LINDUSFOFUS CARADEPAUS ENFURECIDUS, cuja infestação atingiu grande parte de nossos irmãos AFRE, afetando também a alta administração da SEF/MG. Esse vírus começou devagarinho, de mansinho, mas depois, tornou-se uma epidemia sem controle e de difícil erradicação! Seus tentáculos já estão atacando as células nervosas de quem comanda a SEF, a Assembléia Legislativa de MG e o próprio Executivo do Estado, obtendo mais poder e tentando ludibriar a sociedade com falsos discursos moralistas.
VI
O Lindusfofus Caradepaus Enfurecidus, diretamente ou através de hospedeiros, mais raivoso do que nunca e no afã de defender seus interesses, passa constantemente por cima do interesse público. Eu, o GEFRE, também sendo um cargo fiscal e ao me posicionar publicamente contrário a projetos corporativistas, tornei-me alvo preferencial de seus ataques deletérios. Tudo porque o Lindusfofus Caradepaus Enfurecidus, seguindo o projeto nacional de autonomia do Fisco, quer, em realidade, a autonomia do próprio corporativismo reinante há anos na SEF/MG.
VII
Por sua vez, o Governo do Estado, quando não é omisso, ainda trabalha em favor dos interesses da própria doença, pois ações do corporativismo são orquestradas dentro da cúpula da SEF/MG sem resistência alguma do Governo. Nesse sentido, o Governo alimenta ainda mais o corporativismo, criando aberrações jurídicas em prol do “apartheid” funcional; finge não ver o desvio de função e a invasão de atribuições do GEFRE e sequer aproveita devidamente seus recursos humanos – tudo danoso, portanto, à sociedade que o sustenta.
VIII
O Governo do Estado, mesmo ciente da contaminação em sua máquina fazendária, finge não enxergar o problema, deixando tudo como está e não dando a menor importância ao diagnóstico de infecção generalizada no seu corpo de servidores,nem mesmo querendo entender que os malefícios da sua omissão atingem principalmente o interesse do próprio povo que o elegeu. É preciso, com urgência, tratar a SEF/MG desse mal que a assola, e por via de conseqüência, curar de vez a Administração Tributária de MG da epidemia que nela está instalada.