02/02/2022
Quantas mortes e sequelas ainda serão necessárias para MG respeitar a ciência?
Quanto vale uma vida na visão do governador Zema? A pergunta pode parecer absurda, porém vivemos tempos obscuros e estarrecedores!
A relativização da morte durante a pandemia é algo que será objeto de estudo no futuro. Passamos a achar normal que mil vidas sejam levadas todos os dias no país. Mortes que, em sua maioria, seriam perfeitamente evitadas.
Só mensuramos o valor da vida quando a morte ronda nossos colegas, amigos e entes queridos. Assim, conseguimos enxergar o desatino da pergunta intitulada.
A insistência do trabalho presencial, tanto do governo, quanto da cúpula da Secretaria de Estado Fazenda, sinaliza claro desprezo aos servidores da SEF, simplesmente considerados uma peça na engrenagem que pode facilmente ser substituída, após decorrido o tempo de uso.
A SEF bateu recordes de arrecadação durante o período do teletrabalho e do distanciamento físico imposto pela Covid-19. Se a nossa secretaria foi modelo de alto desempenho no trabalho virtual, qual o sentido de voltarmos ao trabalho presencial, quando tristes recordes de contaminação pela variante ômicron são batidos?
A resposta estaria na ilação de “deixar o vírus viajar”, como disse o governador? Ou então, na contramão dos estudos científicos, fazer da SEF um laboratório para o surgimento de novas variantes?
Retornar com o trabalho presencial no momento atual não é só irresponsabilidade, é também ser conivente e/ou cúmplice de tantas outras milhares de mortes (ou sequelas) que sem dúvidas virão!
Ou todos exigimos (AGORA!), incontinenti, a volta ao teletrabalho, ou corremos o risco de não estarmos presentes para cobrarmos. Ou ainda pior: caso saiamos ilesos, fisicamente, sofreremos sérios abalos psicológicos por termos sido veículos de transmissão de um vírus que destruiu milhares de lares e famílias.
Já temos, mundo afora, milhões de mortes e sequelas que provam a letalidade da Covid-19 e suas variantes, muitas das quais surgidas de governos negacionistas, que colocam o deus mercado e o lucro a qualquer custo, acima da vida humana.
A DIRETORIA