O 3º Café com Prosa, evento promovido pelo Deputado Federal Adelmo Carneiro Leão, recebeu, no dia 20 de novembro, o economista, professor universitário, administrador de empresas e ex-senador Eduardo Suplicy. O evento aconteceu no auditório do CREA-MG e contou com a participação do Presidente do SINFFAZFISCO, Unadir Gonçalves Júnior que, na oportunidade, presidiu a mesa de debates.

O objetivo do encontro foi debater o grande desafio vivenciado no momento pelos progressistas: como manter a esperança diante dos avanços autoritários.

Para um auditório lotado, Suplicy expôs suas experiências e falou sobre uma de suas obras – Renda de Cidadania: a saída é pela porta – publicado em 2002 pela Cortez Editora. O livro busca mostrar como surgiu e evoluiu a ideia de se garantir uma renda a todas as pessoas em cada país e revelar de que forma seus fundamentos acompanham a própria história da humanidade.

Para encerrar sua palestra Eduardo Suplicy convidou a todos para junto a ele cantar Blowin' In The Wind, uma canção de Bob Dylan que reflete a realização da justiça, com a diminuição da violência seja no Brasil ou no planeta Terra. Apesar da letra original ser em inglês, Suplicy fez questão de recitar a letra em português para que todos pudessem compreender a sua mensagem.

“Quantas estradas precisará o homem caminhar até que finalmente ele possa ser chamado de homem?

Quantos mares precisará a gaivota branca navegar até que ela possa descansar na areia?

Quantas vezes as balas de canhão precisarão voar até que finalmente sejam para sempre silenciadas?

Quantos anos precisará uma montanha existir até que seja lavada pelo mar?

Quantos anos precisará um povo existir até que finalmente possa alcançar a liberdade?

Quantas vezes precisará o homem virar a sua cabeça fingindo que não está vendo as coisas?

Quantas vezes precisará o homem olhar para cima até que possa ver o céu?

Quantos ouvidos precisará uma pessoa ter até que possa ouvir as pessoas chorarem?

 Quantas mortes precisarão acontecer até que se perceba que muitas pessoas já morreram?

A resposta, meu amigo, está sendo soprada pelo vento.”

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