19/05/2016
O regresso do que nunca partiu
“Eu vejo o futuro repetir o passado”.
Cazuza
Agenor Miranda de Araújo Neto nunca foi tão atual como hoje na SEF, mesmo tendo se passado vinte e seis anos de sua morte.
Uma notícia no sítio da Secretaria de Fazenda do mês de abril tem como título: “Fórum de Receitas Estaduais do Sudeste e do Sul é reativado”. A matéria nos brinda com um retrocesso e uma absurda visão sectária do país como um todo. Além de parecer sexista e racista (não há uma única mulher ou negro na foto) deixa implícito a carga de preconceito para com os outros Estados da União. Tudo isso às vésperas de uma reunião do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), nos dá a dimensão da inabilidade diplomática dos integrantes da alta cúpula da Receita Estadual.
www.fazenda.mg.gov.br/noticias/ForumSudesteSul
Depois desse encontro, como podemos criticar a guerra fiscal exercida pelos Estados das outras regiões do país?
É lamentável que um governo, que foi eleito com promessas e planos progressistas, permita a existência de uma agenda voltada ao passado. Para se ter uma ideia, o “Fórum” foi idealizado com o que há de mais perverso nas forças conservadoras em 2011 e, pasmem, capitaneado por um então Secretário de Fazenda e depois Deputado Federal delatado pela “Máfia dos Fiscais” do Paraná.
www.hauly.com.br/estados-do-sul-e-sudeste-firmam-acordo-em-curitiba-para-o-combate-a-sonegacao
A onda de conservadorismo que reinou e persiste na Receita de Minas Gerais continuará a punir os pequenos em detrimento dos grandes. Lamentavelmente, para a maioria da população de Minas Gerais, as promessas de um futuro diferente ficarão só nos planos.
E, para completar nossa epopeia ao passado, o único projeto de reestruturação que nossa SRE tem a apresentar foi elaborado pelo antigo titular da pasta, o Sr. Gilberto Silva Ramos.
“O nosso futuro é duvidoso”, mais uma prova que o mestre Cazuza está mais vivo que nunca.
A DIRETORIA