11/06/2015
Velhos remédios em velhos frascos
O século XIV na Europa foi uma época marcada por muitas mortes ligadas à peste negra (bubônica). Algumas pessoas, aproveitando do desespero, vendiam frascos de elixir que prometiam a prevenção e cura da doença. A história nos mostra o resultado: entre 25 e 75 milhões de mortes.
A igreja, que se opunha ao desenvolvimento cientifico e farmacológico, foi corresponsável pelas mortes ao condenar pesquisas e orientar apenas as orações.
A receita de ICMS atualizada até 27 de maio de 2015, comparada com o mesmo período do ano anterior, nos traz algumas informações curiosas sobre o que vem ocorrendo em nosso Estado: tivemos um crescimento nominal negativo!
É exatamente isso que você leu. Tivemos um crescimento NEGATIVO em relação à meta na casa de 2,73% e, quando levamos em conta o PIB x IPCA, esse número sobe para 4,29%.
Assustador? Então, se compararmos a LOA (Lei Ordinária Anual) ficaremos desesperados, pois o resultado é de 7,96% ABAIXO do esperado.
Ao aprofundarmos um pouco mais, veremos que houve perda nominal substancial em TODOS os setores, exceção feita ao setor de energia elétrica, que teve um crescimento REAL da receita em mais de 53%, ou seja, o discurso de campanha foi mesmo esquecido, se não fossem os absurdos aumentos na conta de luz nossa receita estaria num estágio muito pior que o atual.
Não tem problema se a SEF está com a mesma postura da Igreja Católica no ano de 1.350 e queira continuar usando o mesmo remédio e o mesmo frasco vendido no século XIV; que não objetive inovar e nem nos ter como parceiros, obrigando que fiquemos todos apenas com orações para melhoria da situação orçamentária do Estado. O que NÃO PODE e NÃO DEVE ocorrer é a falta de respeito com a categoria, como aconteceu agora com o NOVO cancelamento da reunião com o Secretário (3º cancelamento), por exemplo.
Queiram ou não, somos os responsáveis pelo recurso a ser aplicado na Educação, na Segurança Pública, na Saúde, nas estradas e pelo pagamento de todos os servidores; não merecemos o descaso do último Governo, que o atual tem feito EXATAMENTE da mesma forma (para não dizer PIOR).
A categoria que irriga todas as artérias do Governo clama por coisas muito simples, mas pelo jeito muito difíceis de se conseguir: O CUMPRIMENTO DA LEI E O RESPEITO.